quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A historia de Tinker Bell


No misterioso e fantástico Refúgio das Fadas, nasce Tinker Bell. Assim como as Fadas da Natureza, sua vida é fundamental para a troca de estações mundo afora. Mas, quando ela se vê, às vésperas da primavera, insatisfeita com a importância de seu talento, tenta a todo o custo mudar seu jeito de ser e acaba se envolvendo em situações pra lá de desastrosas. Com a ajuda de suas amigas, porém, essa doce criatura pode aprender que a chave para a solução de seus problemas está justamente no uso de seu talento e na descoberta de que, ao ser verdadeira, o mágico e o surpreendente acontecem!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

a bela adormecida

Era uma vez... um rei e uma rainha que desejavam muito ter um bebê. Um dia nasceu uma menina, a princesa tão desejada. Quando ela completou um ano, o rei ofereceu uma festa convidando o dono das terras vizinhas, com seu pequeno filho. Durante a festa, chegaram três fadas para presentear a princesa. A primeira lhe desejou beleza; a segunda lhe desejou formosura. Mas antes que a terceira pudesse dizer seu desejo, apareceu uma feiticeira e rogou uma praga: - Quando completares 15 anos, menina, hás de espetar teu dedo num fuso e hás de morrer. E, dizendo isso, desapareceu. Diante do espanto de todos, a terceira fada falou: - Não, a princesa não vai morrer. Cairá em sono profundo, porque esse é o meu desejo, e despertará, depois, com um beijo de amor. O rei ficou muito assustado e ordenou que queimassem todas as rocas do reino pra livrar a princesa da maldição da bruxa. Tempos depois... a jovem, que já tinha completado 15 anos, possuía todas as virtudes concedidas pelas fadas e era amada por todos. Um dia passeando pelo castelo chegou até a torre mais alta. Quando abriu a porta, deparou-se com uma velha fiando linho. Era a feiticeira, disfarçada. A princesa ficou muito interessada, pois nunca tinha visto uma máquina como aquela e quis fiar também. Ao tentar, furou o dedo e logo adormeceu. O mesmo aconteceu com todos os habitantes do castelo. As fadas logo, logo, ficaram sabendo do que tinha acontecido e correram para o castelo e levaram a princesa para seus aposentos. O príncipe foi logo, logo, avisado do que acontecera. E a bruxa, sabendo que o príncipe tentaria salvar a jovem, quis esconder o castelo e fez crescer ao redor dele uma floresta, assim, de repente, num passe de mágica. O príncipe partiu imediatamente pra salvar a princesa. Mas, ao chegar, deparou-se com a floresta fechando todos os caminhos. Desorientado, ele não sabia mais o que fazer, lembrou-se então das fadas e pediu-lhes ajuda. Estas fizeram então aparecer em suas mãos um machado. E foi com ele que o príncipe abriu caminho e pôde entrar no castelo. Chegou à torre aproximou-se da princesa e a beijou. Ela despertou, linda, linda!. Iniciava-se assim uma nova era de felicidade pra todos. 

Fonte: http://historiasinfantil.blogspot.com.br/2009/04/bela-adormecida.html

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A verdadeira historia da bela e a fera


Era uma vez um comerciante que morava com sua filha.




Uma moça tão bonita que seu nome era Bela.




Voltando de uma viagem, o mercador viu um castelo com um lindo jardim cheio de flores. Resolveu levar uma rosa para Bela.


Quando ele colheu a rosa daquele jardim, uma Fera apareceu e disse:
- Você não devia mexer no meu jardim, por isso vai ser meu prisioneiro!



O comerciante respondeu:
- Perdão senhor, era um presente para minha filha!
Mas a Fera não queria saber, estava furiosa.


O mercador então pediu para a Fera deixar ele se despedir de sua filha.



Chegando em sua casa chorou, porque sua filha ficaria sozinha no mundo.
Bela então disse:

- Papai, deixe me ir com você, quero falar com a fera.
- Não adianta, minha filha! Disse o comerciante.





Mas Bela tanto insistiu que o pai levou-a com ele.

Chegando no castelo, Bela disse para a Fera:
- Deixe meu pai ir embora, ele está velho e doente, eu fico no lugar dele.


A Fera concordou e o pai de Bela muito triste foi embora.
Mais tarde . . .
Alguns dias depois...


Os dias passavam no castelo. E a Fera, mesmo muito feia, era boa e gentil com Bela.









Liam livros juntos, almoçavam e jantavam juntos.




Conversavam e brincavam no jardim,





Bela, ensinou a Fera, que os passarinhos, só estavam ali, para alegrar sua vida.














E numa das noites bailaram no castelo.







Até os objetos do castelo se animavam também!







De tão amigos, a Fera deixou Bela ir visitar seu pai.


Algumas horas depois . . .



Quando Bela voltou, encontrou a Fera muito doente.



Bela assustada disse:
- Fera, não morra, estou aqui! Eu te amo!

E beijou o rosto da Fera.







No mesmo instante, começou na Fera uma transformação.
A Fera deixou de existir e em seu lugar surgiu um lindo príncipe.






O príncipe contou para Bela que uma bruxa o enfeitiçou e ele só voltaria ao normal com um beijo de amor.









Quebrado o encanto, o príncipe e a Bela se casaram e foram felizes para sempre.





juntos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A verdadeira história da Cinderela

Era uma vez no tempo dos reis e rainhas, uma linda menina que se chamava Cinderela.

Ela morava com a madrasta… era tão má para ela coitadinha. A madrasta tinha duas filhas, muito egoístas e que não gostavam de trabalhar e faziam da pobre Cinderela sua empregada…

Certo dia, Cinderela ajudou as suas irmãs a vestirem-se para um grande baile. Baile esse em que a sua madrasta a impediu de ir, pois tinha afazeres domésticos para terminar…

-Cinderela limpa e esfrega bem o chão - disse a irmã mais nova.

-E trata da roupa - disse a madrasta

Obrigando-a assim a fazer tantas tarefas domésticas que ela jamais terminaria a tempo para poder ir ao baile.

Pobre Cinderela…

Cinderela tinha nos seus amigos, os ratinhos e os passarinhos o conforto que não tinha da sua madrasta e irmãs.

Enquanto Cinderela andava triste a fazer as tarefas domésticas os seus amigos preparavam-lhe uma grande surpresa, pois estavam inconformados com a situação, decidindo fazer-lhe um lindo vestido para que Cinderela pudesse ir ao baile.

Por fim, o vestido estava pronto… era lindo!

James um dos seus amiguinhos chamou-a:

-Cinderela! Vem cá! O pequeno Philipe está em apuros!

Cinderela correu desesperadamente em auxílio do pequeno amiguinho. Chegando ao seu quarto e deparando-se com um presente para ela.

-Cinderela isto é para ti. – Disse o pequeno James.

-Oh, é tão lindo! Muito obrigada amiguinhos! Assim já poderei ir ao baile.

-Corre Cinderela vai preparar-te, nós terminamos as tuas tarefas! -disse o pequeno James.

Cinderela logo se preparou estava linda! Mas o que Cinderela não esperava era que a sua madrasta e irmãs voltassem para trás e lhe rasgassem o lindo vestido que havia sido feito com tanto carinho pelos seus amigos…

Cinderela chorou tanto, que suas lágrimas voaram e chamaram pela sua fada madrinha.

A madrinha da Cinderela agitou e agitou a varinha.

-Varinha de Condão faz desta linda menina a mais linda do baile, pipiri-ti-popi-ti-PUM!

E Cinderela fica ainda mais linda do que era!

-Cinderela, não te podes esquecer que tens que voltar antes de bater as 12 badaladas, pois toda a magia terminará!

-Sim, querida madrinha! Muito, muito obrigada!

E foi para o baile num lindo coche com os seus amiguinhos que a fada madrinha transformara.

E finalmente Cinderela chegou ao baile.

O príncipe logo se encantou com a sua beleza e convidou-a para dançar.

O tempo passou depressa e, para surpresa dela, o relógio do palácio começou a bater a meia-noite. Cinderela logo se lembrou do aviso da sua fada madrinha.

Assustada, Cinderela saiu a correr deixando para trás um pequenino sapato de cristal.

O príncipe pegou no pequeno sapato e decidiu que havia de casar com a dona do sapatinho.

Passado uns dias, uma carta do reino chega á casa da Cinderela anunciando a chegada do príncipe.

O príncipe procurou por todo o reino. Finalmente chegou á casa onde morava Cinderela.

As irmãs experimentaram calçar o sapato, mas seus pés eram demasiado grandes.

Até que chegou a vez de Cinderela, depois de muito custo pois a madrasta havia trancado a pobre rapariga. Mas com a ajuda dos seus amiguinhos Cinderela conseguiu chegar a tempo de experimentar o sapatinho que por sua vez cabia certinho no seu pé.

O príncipe ficou tão feliz por ter encontrado a sua amada que a pediu em casamento.

E viveram felizes para sempre.

Aladdin e a Lâmpada

 

"Aladim era filho de um pobre alfaiate que vivia numa cidade da China. Quando seu pai morreu, ele era muito jovem, e sua mãe teve que fiar algodão, dia e noite, para sustentá-lo. Um dia, quando tinha mais ou menos quinze anos, estava brincando na rua, com alguns companheiros. Um estranho que passava parou para olhá-lo. Era um mágico africano que necessitava da ajuda de um jovem. Percebeu logo que Aladim era exatamente quem ele procurava.

Primeiro, o mágico indagou das pessoas que estavam ali, quem era o menino. Depois, dirigiu-se a ele e disse:

- Meu rapaz, você não é filho de Mustafá, o alfaiate?

- Sim, senhor, mas meu pai morreu há muito tempo, respondeu o rapaz.

Ao ouvir estas palavras, o mágico abraçou Aladim, com os olhos cheios de lágrimas, e disse:

- Você é meu sobrinho, pois seu pai era meu irmão. Eu o conheci à primeira vista, porque você é muito parecido com ele.

O homem deu duas moedas de ouro a Aladim, dizendo:

- Vá para casa e diga à sua mãe que irei jantar com vocês.

Encantado com o dinheiro, Aladim correu para casa.

- Mamãe, eu tenho algum tio? perguntou ele.

- Não, meu filho. Seu pai não tinha irmãos e eu também não os tenho, respondeu a senhora.

- Acabo de encontrar um senhor que me disse ser irmão de papai. Deu-me este dinheiro e mandou dizer-lhe que jantaria aqui hoje.

A senhora ficou muito admirada, mas saiu para fazer compras e passou o dia preparando o jantar. Exatamente quando tudo ficou pronto, o mágico bateu à porta. Entrou trazendo embrulhos de frutas e doces. Cumprimentou a mãe de Aladim e, com lágrimas nos olhos, pediu-lhe que indicasse o lugar em que o irmão costumava sentar-se. Durante o jantar, pôs-se a descrever suas viagens.

- Minha boa irmã, começou ele. Não me admiro de que você nunca me tivesse visto. Estive quarenta anos fora deste país. Viajei por muitos lugares. Estou realmente triste por saber da morte de meu irmão, mas é um conforto saber que ele deixou um filho tão encantador!! Virando-se para Aladim, perguntou-lhe:

- Que faz você? Trabalha no comércio?

Aladim abaixou a cabeça, sem ter o que dizer. Sua mãe, então, explicou:

- Infelizmente ele nada faz. Passa os dias desperdiçando o tempo a brincar na rua.

- Isto não vai bem , meu sobrinho, disse o mágico. É preciso pensar num meio de ganhar a vida. Eu gostaria de ajudá-lo. Se você quiser, abrirei uma loja para você.

Aladim ficou muito contente com a idéia. Disse ao mágico que não havia nada que o encantasse mais.

- Bem, resolveu o homem. Amanhã sairemos e comprar-lhe-ei roupas elegantes. Depois, então, pensaremos na loja.

No dia seguinte, ele voltou, como havia prometido, e levou Aladim a uma casa que vendia roupas lindas. O menino escolheu as que mais lhe agradaram. Depois deram um passeio pela cidade. À noite, foram a uma festa. Quando a mãe de Aladim o viu voltar tão elegante e o ouviu contar tudo que haviam feito, ficou muito contente.

- Bondoso irmão, disse ao mágico, não sei como agradecer-lhe tanta bondade.

- Aladim é um bom rapaz, disse ele, e bem merece que se faça tudo por ele. Algum dia nos orgulharemos dele. Amanhã virei buscá-lo, para dar um passeio no campo. Depois de amanhã, então, abriremos a loja.

No dia seguinte, Aladim levantou-se muito cedo e foi ao encontro do tio. Andaram muito até que chegaram a uma fonte de água clara. O mágico abriu um embrulho de frutas e bolos. Quando acabaram de comer, continuaram a andar até que chegaram a um vale estreito, cercado de montanhas. Era este o lugar que o homem esperava encontrar. Ali havia levado Aladim por um motivo secreto.

- Não iremos adiante, comunicou ao rapaz. Mostrarei a você algumas coisas que ninguém ainda viu. Enquanto risco um fósforo, cate todos os gravetos que encontrar para acender o fogo.

Aladim num instante arranjou um pilha de gravetos, aos quais o mágico atiçou fogo. Quando as chamas cresceram, atirou-lhes um pouco de incenso e pronunciou umas palavras mágicas que Aladim não entendeu. Imediatamente a terra se abriu a seus pés e apareceu uma grande pedra, em cuja parte superior havia uma argola de ferro. Aladim estava tão assustado que teria fugido se o mágico não o detivesse.

- Se você me obedecer, não se arrependerá. Debaixo desta pedra está escondido um tesouro que o fará mais rico do que todos os reis do mundo. Você deverá, entretanto, fazer exatamente o que eu digo, para conseguí-lo.

O medo de Aladim desapareceu e ele declarou ao tio:

- Que tenho a fazer? Estou pronto a obedecer.

- Segure a argola e levante a pedra, disse o homem.

Aladim fez o que o mágico havia dito. Suspendeu a pedra e deixou-a de lado. Apareceu uma escada que conduzia a uma porta.

- Desça estes degraus e abra aquela porta, ordenou o mágico. Você entrará num palácio onde há três enormes salões. Em cada um deles verá quatro vasos cheios de ouro e prata. Não mexa em nenhum deles. Passe através dos três salões sem parar. Tenha cuidado para não se encostar nas paredes. Se o fizer, morrerá instantâneamente. No fim do terceiro salão, há uma porta que dá para um pomar, onde as árvores estão carregadas de lindas frutas. Atravessando o pomar, você chegará a um muro no qual encontrará um nicho. Nesse nicho, há uma lâmpada acesa. Pegue a lâmpada, jogue fora o pavio e o azeite, e traga-a o mais depressa que puder. Dizendo estas palavras, o mágico tirou do dedo um anel que ofereceu a Aladim, explicando:

- Se você me obedecer, isto o protegerá contra todos os males. Vá, meu filho. Faça tudo o que eu disse e ambos seremos felizes para o resto da vida.

Aladim desceu os degraus e abriu a porta. Encontrou três salões. Atravessou-os cuidadosamente e chegou ao pomar. Foi até o muro e apanhou a lâmpada no nicho. Jogou fora o pavio e o azeite. Finalmente, prendeu a lampada no cinturão. Já estava decidido a voltar, mas, olhando para as árvores, ficou encantado com as frutas. Eram de cores diferentes: brancas, vermelhas, verdes, azuis, roxas, todas cintilantes. Na verdade, não eram frutas, mas pedras preciosas: pérolas, diamantes, rubis, esmeraldas, safiras e ametistas. Aladim, não sabendo seu valor, pensou que eram simples pedaços de vidro. Ficou, entretanto, encantado com as cores e apanhou algumas de cada cor. Encheu os bolsos e também a bolsa de couro que trazia presa ao cinturão. Assim carregado de tesouros, correu pelos salões e logo chegou à boca da caverna. Viu o tio que o esperava no alto da escada e pediu-lhe:

- Dê-me a mão, meu tio, e ajude-me a sair daqui.

- Primeiro, entregue-me a lâmpada, exigiu o mágico.

- Na verdade, não posso fazê-lo agora, pois trago outras coisas que me dificultam a subida, mas assim que estiver aí em cima, entregá-la-ei, explicou Aladim.

O mágico, que estava aflito para possuir a lâmpada, irritou-se e atirou um pouco de incenso ao fogo, pronunciando, depois, algumas palavras mágicas. Imediatamente a pedra voltou ao seu lugar, tapando a saída da estranha caverna. Quando Aladim se viu na escuridão, chamou o mágico e implorou-lhe que o tirasse dali. Prometeu-lhe mil vezes que lhe daria a lâmpada. Seus rogos, entretanto, foram em vão. Desesperado, tentou atingir novamente a porta que conduzia aos salões, para ver se conseguia chegar ao pomar. A porta, porém, estava fechada. Durante dois dias, Aladim permaneceu na escuridão, sem comer, nem beber. Por fim, juntou as mãos para rezar e, ao fazê-lo, esfregou o anel que o mágico tinha posto em seu dedo. No mesmo instante, um gênio, enorme e assustador, surgiu da terra, dizendo:

- Que deseja? Sou o escravo do anel e cumprirei suas ordens.

Aladim replicou:

- Tire-me daqui.

Logo a terra se abriu e ele se encontrou lá fora. Muito artordoado foi andando para casa e, ao chegar, caiu desfalecido junto à porta. Quando voltou a si, contou à mãe o que lhe havia acontecido. Mostrou-lhe a lâmpada e as frutas que tinha trazido. Pediu-lhe, depois, alguma coisa para comer, ao que ela respondeu:

- Meu filho, nada tenho em casa, mas fiei algum algodão e irei vendê-lo.

- Em vez do algodão, mamãe, venda a lâmpada, propôs o menino.

Ela apanhou a lâmpada e começou a esfregá-la, porque estava muito suja. Nesse momento, surgiu um gênio que gritou bem alto:

- Sou o gênio da lâmpada e obedecerei à pessoa que a estiver segurando.

A senhora estava assustada demais para poder falar, mas o menino agarrou-a ousadamente e disse:

- Arranje-me alguma coisa para comer.

O gênio desapareceu e voltou equilibrando na cabeça uma bandeja de prata na qual havia doze pratos, também de prata, cheios das melhores iguarias. Havia ainda dois pratos e dois copos vazios. Colocou a bandeja na mesa e dasapareceu outra vez. Aladim e sua mãe sentaram-se e comeram com grande prazer. Nunca haviam provado comida tão gostosa. Depois de comerem tudo, venderam os pratos, conseguindo, assim, dinheiro que deu para viverem por algum tempo com bastante conforto.

Um dia, quando passeava pela cidade, Aladim ouviu uma ordem do sultão mandando que fechassem as lojas e saíssem todos das ruas, pois sua filha, a princesa, ia ao banho de mar e não podia ser vista por ninguém. O rapaz escondeu-se atrás de uma porta, de onde podia ver a princesa quando passasse. Não decorreu muito tempo e ela veio, acompanhada de uma porção de aias. Quando chegou perto da porta onde Aladim estava escondido, tirou o véu e ele viu seu rosto. A moça era tão bonita que ele desejou casar-se com ela. Chegando a casa contou à mãe seu amor pela princesa. A senhora riu-se e respondeu:

- Meu filho, você deve estar louco para pensar numa coisa destas!

- Não estou louco, mamãe, e pretendo pedir a mão da princesa ao sultão. Você deve procurá-lo para fazer o pedido, disse ele.

- Eu??? Dirigir-me ao sultão??? Você sabe muito bem que ninguém pode falar-lhe sem levar um rico presente, informou a senhora.

- Bem, vou contar-lhe um segredo. Aquelas frutas que trouxe da caverna não são simples pedaços de vidro. São jóias de grande valor. Tenho olhado pedras preciosas nas joalherias e nenhuma é tão grande, nem tem o brilho das minhas. A oferta delas, estou certo, comprará o favor do sultão.

Aladim trouxe as pedras da cômoda onde as tinha escondido e sua mãe colocou-as num prato de porcelana. A beleza de suas cores assombrou a senhora, que ficou certa de que o presente não poderia deixar de agradar ao sultão. Ela cobriu o prato e as jóias com um bonito pano de linho e saiu para o palácio. A multidão daqueles que tinham negócios na corte era grande. As portas estavam abertas e ela foi entrando. Colocou-se em frente ao sultão. Ele, entretanto, não tomou conhecimento de sua presença. Durante uma semana, ela foi lá diariamente, ocupando sempre o mesmo lugar. Afinal, ele viu-a e perguntou o que desejava. Tremendo, a boa mulher falou-lhe sobre a pretensão do filho. O sultão ouviu-a amavelmente e perguntou-lhe o que trazia na mão. Ela tirou o guardanapo de cima do prato e mostrou-lhe as jóias cintilantes. Que surpresa teve ele ao ver tais maravilhas! Durante muito tempo, contemplou-as sem dizer nada. Depois exclamou:

- Que riqueza! Que encanto!

Ele já havia determinado que a filha se casaria com um de seus oficiais; no entanto, disse à mãe de Aladim:

- Diga a seu filho que ele desposará a princesa se me enviar quarenta tinas cheias de jóias como estas. Elas deverão ser-me entregues por quarenta escravos negros, cada um dos quais será precedido de um escravo branco, todos ricamente vestidos.

A mãe de Aladim curvou-se até o chão e voltou para casa pensando que tudo estivesse perdido. Deu o recado ao filho esperando que, com isso, ele desistisse. Aladim sorriu, e quando a mãe se afastou, apanhou a lâmpada e esfregou-a. O gênio apareceu no mesmo instante e ele pediu-lhe que arranjasse tudo que o sultão havia pedido. O gênio desapareceu e voltou trazendo quarenta escravos negros, cada um carregando na cabeça uma tina cheia de pérolas, rubis, diamantes, esmeraldas, safiras e ametistas. Os quarenta escravos negros e outros tantos brancos encheram a casa e o jardim. Aladim ordenou-lhes que se dirigissem ao palácio, dois a dois, e pediu à sua mãe que entregasse o presente ao sultão. Os escravos estavam tão ricamente vestidos que todos, nas ruas, paravam para vê-los. Entraram no palácio e ajoelharam-se em frente ao sultão, formando um semi-círculo. Os escravos negros colocaram as tinas no tapete.

O espanto do sultão, à vista daquelas riquezas, foi indescritível. Depois de muito contemplá-las, levantou-se e disse à mãe de Aladim:

- Diga a seu filho que o espero de braços abertos.

A senhora, feliz com a notícia, não perdeu tempo. Saiu correndo e deu o recado ao filho. Aladim, entretanto, não teve pressa. Primeiro chamou o gênio e pediu-lhe:

- Desejo um banho perfumado, uma roupa luxuosa, um cavalo tão bonito quanto o do sultão, vinte escravos e, além disso, vinte mil moedas de ouro distribuídas em vinte bolsas. Tudo isso apareceu imediatamente à sua frente. Aladim, elegantemente vestido e montado num lindo cavalo, passou pelas ruas, causando admiração a todos. Os escravos marchavam a seu lado, cada um carregando uma bolsa cheia de moedas de ouro, para distribuir pelo povo. Quando o sultão viu aquele belo rapaz, saiu do trono para recebê-lo. À noite ofereceu-lhe uma grande festa. Ele desejava que Aladim se casasse logo com a filha, mas este lhe disse:

- Primeiro, construirei um palácio para ela.

Assim que regressou à casa, chamou o gênio e disse:

- Dê-me um palácio do mais fino mármore, incrustado de pedras preciosas. Nele quero encontrar estábulos, cocheiras, lacaios, escravos. A mais fina decoração, com os móveis mais luxuosos do mundo.

O casamento de Aladim com a princesa realizou-se no meio de grande regozijo. O rapaz já havia conquistado o coração do povo, por sua generosidade. Durante muito tempo eles foram imensamente felizes. Nesta ocasião, o mágico que estava na África descobriu que Aladim era muito rico e querido de todos. Cheio de raiva, embarcou para a China. Lá chegando, ouviu algúem falar do palácio maravilhoso que tinha sido levantado pelo gênio da lâmpada. Resolveu, então, obter a lâmpada, custasse o que custasse. Os mercadores contaram-lhe que Aladim tinha ido caçar e que estaria ausente por alguns dias. Ele comprou uma dúzia de lâmpadas de cobre, iguais à lâmpada maravilhosa, e foi ao palácio gritando:

- Trocam-se lâmpadas novas por velhas!

Quando chegou à janela da princesa, os escravos chamaram-no, dizendo:

- Venha cá. Temos uma lâmpada feia e velha que queremos trocar.

Era a lâmpada maravilhosa, que Aladim havia deixado em cima de um móvel. A princesa não sabia seu valor; por isso, pediu a um escravo que a trocasse por uma nova. O mágico, muito contente, deu-lhe a melhor lâmpada que tinha, e saiu correndo para a floresta. Quando anoiteceu, chamou o gênio da lâmpada e ordenou que o palácio, a princesa e ele próprio fossem carregados para a África.

O pesar do sultão foi terrível quando descobriu que a filha e o palácio tinham desaparecido. Enviou soldados à procura de Aladim, que foi trazido à sua presença.

- Pouparei sua vida por quarenta dias e quarenta noites, lhe informou o sultão. Se durante este tempo minha filha não aparecer, mandarei cortar-lhe a cabeça.

Aladim vagou por toda a cidade, perguntando às pessoas que encontrava o que havia acontecido ao seu palácio. Ninguém sabia dar-lhe informação . Depois de muito andar, parou num riacho para matar a sede. Abaixou-se e juntou as mãos para apanhar um pouco de água. Ao fazê-lo, esfregou o anel mágico que trazia no dedo. O gênio do anel apareceu e perguntou-lhe o que queria.

- Ó gênio poderoso, devolve-me minha esposa e meu palácio! Implorou ele.

- Isto não está em meu poder, disse o gênio. Peça-o ao gênio da lâmpada. Sou apenas o gênio do anel.

- Então, pediu Aladim, leva-me até onde estiver o palácio.

Imediatamente, o rapaz sentiu-se carregado pelos ares. Finalmente chegou a um país estranho, onde logo avistou o palácio. A princesa estava chorando em seu quarto. Quando viu Aladim, ficou muito contente. Correu ao seu encontro e contou-lhe tudo o que havia acontecido. Aladim, ao ouvir falar na troca das lâmpadas, percebeu logo que o mágico era o causador de toda aquela aflição.

- Diga-me uma coisa, perguntou à esposa, onde está a lâmpada velha agora?

- O velho carrega-a no cinturão e não se separa dela noite e dia.

Depois de muito conversarem, fizeram um plano para conseguir a lâmpada de volta.

Aladim foi à cidade e comprou um pó que fazia a pessoa dormir instantaneamente. A princesa convidou o mágico para jantar em sua companhia. Enquanto comiam os primeiros pratos, ela pediu a um criado que lhe trouxesse dois copos de vinho, que ela havia preparado. O mágico, encantado com tanta gentileza, bebeu o vinho no qual ela havia derramado certa quantidade do pó. Suas idéias foram ficando meio confusas e ele pegou no sono.

Aladim, que estava escondido atrás de uma cortina, veio depressa e apanhou a lâmpada do cinturão do velho. Depois mandou que os empregados o carregassem para fora do palácio e o deixassem bem longe dali. A seguir, esfregou a lâmpada e, quando o gênio apareceu, pediu-lhe que levasse o palácio de volta para a China. Algumas horas mais tarde, o sultão olhando pela janela, viu o palácio de Aladim brilhando ao sol. Mandou, então, dar uma festa que durou uma semana.

O mágico, quando acordou no dia seguinte e se viu no meio da rua sem a lâmpada, ficou desesperado. Levantou-se e foi andando, tão distraído que não viu uma carruagem que se aproximava. O resultado foi que morreu debaixo das patas dos cavalos. Aladim e a esposa viveram felizes pelo resto da vida. Quando o sultão morreu, Aladim subiu ao trono e reinou por muitos anos, sendo sempre querido do povo."